As infecções e os ambientes estão intimamente relacionados e não há dúvidas de que as condições de limpeza e higiene de um lugar determinam melhores ou piores condições de saúde e bem-estar. Quando falamos de espaços como hospitais, clínicas e laboratórios, a preocupação com os protocolos e procedimentos de higienização deve ser ainda mais rigorosa, tendo em vista o combate e a redução dos casos de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).
Sabemos que as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são um grave problema de saúde pública, já que aumentam a morbidade, a mortalidade e os custos relacionados ao paciente, além, é claro, de prejudicar de forma significativa a segurança do paciente, dos profissionais e a qualidade dos serviços de saúde. Pensando em soluções inovadoras para combater microrganismos infecciosos nesses lugares, preparamos este artigo.
Acompanhe a leitura e compreenda a importância da limpeza e higiene na luta contra os inimigos invisíveis nas superfícies.
IRAS e tempo de internação do paciente
Para começar, você sabia que um caso de IRAS aumenta o tempo de internação do paciente? Como consequência desse tempo estendido, há o aumento também dos custos envolvidos com assistência ao paciente e, infelizmente, aumento das taxas relacionadas à mortalidade.
Isso porque, segundo Duberkke, 2014, uma vez no ambiente, os microrganismos prejudiciais à saúde, como os esporos de Clostridium difficile, que são difíceis de eliminar, podem ser transmitidos de forma cruzada entre hospedeiros susceptíveis, com o potencial de causar surtos. Temos, então, um círculo vicioso de contaminação cruzada que pode aumentar o tempo de permanência hospitalar em 2,8 a 5,5 dias.
Diante disso, a comunidade científica tem olhado para essa problemática com mais atenção e encontrando formas de melhoria, capazes de garantir a eficiência das práticas de limpeza e desinfecção dos ambientes de saúde.
O objetivo das práticas de limpeza e desinfecção do ambiente de saúde é a redução da infecção cruzada, que como vimos acima, é uma das principais responsáveis pelos casos de IRAS. A contaminação cruzada, normalmente, acontece pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro e, até mesmo, de um paciente contaminado para uma superfície, contaminando-a também.
Mas como podemos quebrar essa transmissão?
Então, o que fazer para interromper a propagação dos microrganismos infecciosos? Estudos têm mostrado que microrganismos causadores de infecções podem sobreviver por muito tempo em superfícies e, a partir disso, podem se tornar fonte de contaminação caso a limpeza e desinfecção não sejam eficientes.
Há pesquisas que apontam que quando os serviços de saúde e suas equipes estão cientes da magnitude do problema de IRAS e passam a aderir aos programas para prevenção e controle de contaminações, pode ocorrer uma redução de mais de 70% de algumas infecções como, por exemplo, as da corrente sanguínea.
Vale destacar algo importante aqui: muitas vezes o processo de limpeza é negligenciado em razão do ambiente estar, aparentemente, limpo. No entanto, os inimigos são invisíveis e a contaminação das superfícies só pode ser reduzida diante da limpeza rotineiramente do ambiente.
Sabemos que ambientes de saúde são, frequentemente, avaliados apenas por inspeção visual, o que pode até cumprir com parâmetros estéticos, mas não é capaz de atingir e prever o risco de infecção para os pacientes.
Para te auxiliar no entendimento desses métodos, compartilhamos esse material abaixo:
Vantagens do método simulador por fluorescência
Como aliados de melhores resultados de limpeza e higiene nos espaços de saúde, temos tecnologias inovadoras, como o simulador por fluorescência. Trata-se de um mecanismo rápido, objetivo e de custo baixo para checagem das condições de higienização das superfícies.
Sua utilização não exige formação mínima, ou seja, qualquer pessoa consegue fazer aplicação do produto e requer o mínimo de equipamento, uma vez que seja adquirido o kit com lanterna. Depois, só há necessidade da reposição do refil.
O simulador é capaz de fornecer feedback imediato, colaborando para melhoria da qualidade das práticas de limpeza e viabilizando o benchmarking. Ao considerar os níveis de matéria orgânica e microrganismos, o risco de infecção e a presença de patógenos, o mecanismo permite determinar se a superfície está, de fato, limpa ou não.
Esta tecnologia é de fácil e rápida execução e, cada vez mais, vemos o desenvolvimento de novas soluções e inovações com a finalidade de aprimorar os métodos de monitoramento da limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde.
Ainda assim, evitar a transmissão de patógenos é um grande desafio. Então, mais do nunca, manter as superfícies ambientais em condições sanitárias suficientes para impedir a manutenção de patógenos e/ou a aquisição de resistência aos antimicrobianos é uma das principais estratégias para vencer esse desafio.
Em suma, como podemos ver, o método que faz uso do marcador fluorescente para simulação de contaminação representa uma metodologia:
- de fácil aplicação
- resultado objetivo
- feedback imediato
- custo baixo
- fácil interpretação
- validação do processo de limpeza, sendo facilmente removido após utilização do método.
Conheça o simulador de contaminação Optiglow® SF!
Por fim, como solução em simulador de contaminação, apresentamos o Optiglow SF, marcador fluorescente UV, que tem sido amplamente utilizado para avaliar a qualidade da limpeza em espaços de saúde. Seu rendimento é de 3000 aplicações por conta de sua apresentação em aerossol.
Trata-se de um método que envolve a aplicação de spray, bastando aplicar o produto em uma distância de, aproximadamente, dois centímetros e aguardar cerca de um minuto para liberação do ambiente para limpeza.
É uma ferramenta importante que pode deixar visualmente exposto os lugares que não foram bem limpos e higienizados, alertando e orientando melhor a equipe de limpeza.
Assim, para demonstrar se a superfície foi adequadamente limpa, o procedimento com o simulador de contaminação deve ser feito da seguinte forma:
- não indicar aos profissionais de limpeza quais as superfícies foram contaminadas;
- após efetuada a limpeza do ambiente pelo profissional, reduza a luz do ambiente;
- com auxílio da lanterna fornecida no kit, observe a simulação de contaminação.
Desse modo, para que se obtenha o melhor desempenho, é muito importante escolher bem as superfícies e os locais que serão marcados. Então, considere os seguintes pontos:
- procure variar bastante as superfícies e locais;
- se as mesmas superfícies são constantemente marcadas, os colaboradores podem se acostumar e desenvolver um comportamento direcionado a limpar com mais cuidados aquelas superfícies;
- marque pelo menos dois pontos em cada superfície;
- não marque pontos muito próximos uns dos outros, pois uma única passada do pano poderá remover vários pontos, desperdiçando produto;
- evite superfícies porosas, pois são mais difíceis de remover o marcador, sendo necessária uma esfregação mais intensa;
- não use o simulador sobre superfícies escuras, pois podem dificultar a visualização do marcador;
- sempre anote previamente todos os locais que serão marcados, se possível tirando fotos para não se confundir no momento da avaliação.
Importante: o agente químico utilizado é insolúvel no propelente do aerossol e pode se depositar no fundo da lata. É importante AGITAR BEM A EMBALAGEM antes de usar o produto. Se a embalagem ficar parada por muito tempo, é recomendável agitá-la e acionar a válvula algumas vezes até ter certeza de que o agente fluorescente está bem incorporado.
Identificação de área que não foi limpa corretamente.
Saiba que pode contar com a Oleak e nossas soluções em higiene e limpeza profissionais para melhores práticas sanitárias, para prevenção de doenças e para promoção da saúde e do bem-estar de todos.
Esperamos que as informações compartilhadas aqui possam ser úteis para aprimorar os procedimentos de limpeza e higienização de superfícies.
Até o próximo!
Fonte: Ministério da Saúde