Olhar para si, perceber os sinais do corpo e cuidar da saúde. Outubro chega na cor rosa para reforçar, incentivar e levar informação sobre o câncer de mama, suas formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. A doença é responsável por atingir, a cada ano, cerca de 66 mil mulheres no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O câncer de mama tem alta incidência e um alto índice de mortalidade, no entanto, estudos do INCA também mostram que um diagnóstico ainda nos estágios iniciais do câncer de mama pode representar até 90% de chances de cura.
Por isso, a iniciativa do Outubro Rosa é fundamental para alertar a sociedade, disseminando informações relevantes, ressaltando a importância do autocuidado e quebrando tabus como o fato de tocar o próprio corpo. O movimento de se perceber é um movimento que salva vidas.
Para colaborar com a campanha do Outubro Rosa e partindo do nosso propósito de proteção à saúde, preparamos este artigo com as principais questões relacionadas à prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama.
Aproveite a leitura e cuide-se.
Mas por que Outubro Rosa?
Para começar, vamos explicar o motivo pelo qual a campanha se intitula Outubro Rosa. O nome faz referência à cor do laço rosa, símbolo da luta contra o câncer de mama, que nasce com o objetivo de estimular a participação de toda a população, das empresas e das entidades em geral.
O movimento teve início nos Estados Unidos, onde vários Estados realizavam ações isoladas para falar sobre o câncer de mama, durante os meses de Outubro. Depois, com a aprovação do Congresso Americano, o mês tornou- se, de fato, o mês norte-americano de prevenção do câncer de mama.
Em 1990, o símbolo do laço rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da então primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York. Desde então, a prova é promovida anualmente na cidade.
A iniciativa do Outubro Rosa cresceu, expandiu e ganhou o mundo, motivando e unindo pessoas, cidades e países em torno da conscientização e da prevenção do câncer de mama.
No Brasil, desde 2002, luzes rosas se acendem em alguns dos principais pontos e monumentos do País. A iluminação alterada nos espaços públicos desempenha um papel importante de alerta e dialoga em uma linguagem visual compreendida globalmente.
Mas, mais do que iluminar pontos importantes em diversas cidades pelo Brasil, o Outubro Rosa realiza mutirões de mamografia por todo território nacional e leva a conscientização em relação ao autocuidado e a importância da detecção precoce do câncer de mama.
Câncer de mama: o que é?
O câncer de mama se manifesta como resultado de um desenvolvimento anormal das células da mama. Nessa situação, elas se multiplicam repetidamente e indiscriminadamente, formando um tumor maligno.
Vale destacar que não existe apenas um câncer de mama, pois a doença inclui um grupo heterogêneo de tumores, com comportamentos e manifestações clínicas e morfológicas diferentes e, consequentemente, tratamentos e respostas bastante variadas.
Entre os tipos existentes, o chamado carcinoma ductal infiltrante é o mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos.
Importância do autocuidado: saúde e fim do tabu
O mês de Outubro é apenas um lembrete de que não se deve deixar de lado o autocuidado em relação ao câncer de mama. Muitas vezes, envoltas nas demandas do dia a dia e com receio de tocar o próprio corpo, muitas mulheres esquecem de cuidar de si mesmas, de se permitir sentir e perceber os sinais.
É preciso dar conta de muita coisa, mas o ato de dedicar um tempo para cuidar de si é fundamental para que a saúde esteja em dia e para que seja possível seguir com as tarefas.
O autocuidado deve ser encarado como um hábito, inserido na rotina, com a intenção de preservar a saúde física e mental. Em relação ao câncer de mama, as práticas de autocuidado, como o autoexame, refletem tanto na prevenção da doença, quanto na detecção precoce do tumor.
O Outubro Rosa traz a mensagem de que é preciso romper com barreiras e fazer do autocuidado um ato de amor próprio.
Mas o que posso fazer para reduzir o risco do câncer de mama?
O câncer de mama pode ter causas genéticas, mas também está relacionado a hábitos e comportamentos.
Por isso, algumas medidas simples no estilo de vida já têm impacto significativo para reduzir as chances de desenvolver o câncer de mama. Veja só o que você pode fazer para viver mais e melhor:
- mantenha hábitos saudáveis;
- faça exercícios regularmente (30 minutos de atividade física por dia já é capaz de trazer benefícios para à saúde);
- opte por uma dieta equilibrada;
- evite bebidas alcoólicas e cigarro;
- mantenha o peso corporal adequado.
Autoexame: movimento de prevenção
O autoexame é uma prática que auxilia no conhecimento do próprio corpo, é um movimento importante na direção da apropriação corporal, no entanto, ele não deve ser a única fonte de cuidado ou substituir a avaliação médica.
As idas ao ginecologista e a realização de exames de rotina devem ser mantidas também como parte do autocuidado da saúde da mulher. E, mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos devem fazer, anualmente, o exame clínico das mamas. Já no caso de mulheres consideradas de alto risco, o acompanhamento médico deve ser individualizado.
Observar e apalpar as mamas, com movimentos suaves, mensalmente, é uma forma de identificar possíveis nódulos ou outros sinais, como veremos a seguir, e trata-se de uma prática recomendada pelo Ministério da Saúde, pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pela SBM.
Mas, não se esqueça: o autoexame não deve substituir o acompanhamento médico e o câncer de mama em estágio inicial pode ser assintomático, sendo detectado somente por meio de exames (como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética).
Quais os sintomas do câncer de mama?
Durante o autoexame, é preciso observar se as mamas apresentam sinais como:
- nódulos palpáveis na mama ou região das axilas (geralmente indolor, duros e irregulares);
- alterações na pele que recobre o local do nódulo;
- região da mama com aspecto parecido a uma casca de laranja;
- inversão do mamilo;
- descamação ou ulceração do mamilo;
- saída de secreção do mamilo (transparente, rosada ou avermelhada).
Ao notar qualquer um desses sintomas, procure por orientação médica para uma consulta e avaliação direcionadas e especializadas.
Como lidar com o diagnóstico de câncer de mama?
Receber a notícia de um câncer de mama abala e afeta profundamente a paciente e sua família. Caso você tenha a confirmação do câncer de mama, lembre-se imediatamente de que você não está sozinha e de que trata-se de uma doença com altos índices de cura.
Por isso, empodere-se de informações, tire dúvidas, questione, esteja cercada de pessoas que te façam bem, busque pela melhor forma de cuidado e tratamento e encontre apoio em ONGs e em mulheres que já passaram ou estão passando pelo mesmo momento que você.
Ao se reconhecer em outras histórias, você se fortalece e se sente acolhida, encorajada e suportada. Uma instituição que realiza ações voltadas à prevenção e ao diagnóstico do câncer de mama é a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA).
No ano passado, a Federação lançou a campanha 3 Perguntas que Salvam para saber como as mulheres estavam cuidando da própria saúde. As questões valem para hoje e podem indicar o quanto, de fato, elas estão preocupadas consigo mesmas.
- Você já fez sua mamografia este ano?
- Você tem controlado seu peso?
- Você tem feito atividade física?
Como citamos mais acima, as três perguntas se referem às ações que podem reduzir o risco de câncer de mama ou levar à detecção precoce da doença. Ao se deparar com essas perguntas, nos diga, como está seu autocuidado?
Por fim, agora que você sabe mais sobre o Outubro Rosa e sobre o câncer de mama, é hora de colocar-se como prioridade, olhar para si, perceber o próprio corpo, mudar ou incorporar hábitos mais saudáveis, ter acompanhamento médico regular e proteger a sua saúde com consciência e afeto, certo?
A Oleak preza pelo bem-estar e pela saúde de todas e entende que a prevenção e a atenção são as melhores demonstrações de cuidado.
Até o próximo!
Fontes: